Uma pneumonia, da qual estava se tratando há vinte dias no Hospital Felício Rocho, em BH, foi a causa da morte, na manhã deste domingo, do jornalista João Bosco Martins Sales, 69 anos.
João Bosco teve carreira dinâmica e ascensão meteórica no jornal “Estado de Minas”, onde começou como revisor, em 1976, chegando a editor-geral do EM.
Prêmio Esso
Como conta o repórter do EM Ivan Drumond, em matéria no portal do Sindicato dos Jornalistas de MG, João Bosco, com quem conviveu durante décadas no matutino mineiro, era formado em jornalismo pela PUC-MG.
No final dos anos 1970 João Bosco Sales foi para a Espanha, para um intercâmbio de jornalismo. Em 1981 retornou ao Brasil, sendo transferido pela direção do EM para a editoria de Polícia, formando equipe com profissionais tarimbados como Arnaldo Viana, Marcos Andrade, Vargas Vilaça, João Gabriel, Joni Bezerra e Francisco Santana Rezende, entre outros feras.
Ivan Drumond destaca no site do sindicato que foi como repórter da área policial que Bosco ganhou Prêmio Esso Regional de jornalismo, com reportagem sobre coureiros do Mato Grosso que traficavam couro de jacarés. Ele acompanhou uma equipe da Polícia Federal nas investigações.Da editoria de Polícia João Bosco foi para a de Política, onde atuou primeiro como repórter, tendo feito grandes coberturas, como a morte de Tancredo Neves e posse de Fernando Collor de Mello; foi o autor de denúncias contra o governo Newton Cardoso, que esteve no Palácio da Liberdade, então sede da administração estadual, de 1987 a 1991. Em 1990 o jornalista foi promovido a editor de Política, e em 1992 tornou-se editor-geral do “Estado de Minas”.
Ivan lembra que João Bosco era uma pessoa que gostava muito de ler, de cinema de pescar, sempre com os amigos, a maioria deles, companheiros do jornal. Seu corpo será velado amanhã, de 10h às 13h, no Memorial Zelo, avenida do Contorno 8657, bairro Gutierrez.
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