A NBS, Y&R e DPZ&T ganharam a concorrência pela conta de publicidade da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República).
As agências vão substituir a Leo Burnett Tailor Made, Propeg e nova/sb. A verba anual é de R$ 208 milhões. As agências serão responsáveis pela comunicação institucional do governo Temer.
O que o mercado não consegue entender é o motivo de as agências de publicidade de Minas, que já atenderam contas importantes do governo federal – Banco do Brasil, Correios, diversos ministérios -, há mais de uma década não conquistam um cliente da administração. Por mais modesto que seja o órgão ou instituição.
Será ainda consequência do Mensalão, que em 2005 levou à falência e desaparecimento das agências SMPB e DNA, e prisão de alguns de seus dirigentes?
A propaganda mineira não teria conseguido dar a volta por cima, com as empresas paulistas, sobretudo as multinacionais, monopolizando o mercado nacional e faturando todas as licitações?
E as bancadas mineiras no Congresso Nacional? Temos três senadores – Aécio Neves, Antonio Anastasia e Zezé Perrera. São 53 os deputados federais que representam Minas na Câmara Federal.
Será que eles não têm como acabar com esse bloqueio, essa blindagem que vem ocorrendo com a publicidade mineira desde o Mensalão. Ou foram cooptados pelos empresários da publicidade de São Paulo?
As entidades de classe – Sinapro-MG, ABAP Minas e AMP – não deveriam interagir com nossos três senadores e 53 deputados? Incumbindo-os de representar também a cadeia produtiva da comunicação mineira, e não apenas seus próprios interesses?
Ou seria melhor ficar na zona de conforto? Endossar os argumentos dos paulistas de que a propaganda mineira recebeu cartão vermelho em 2005, condenada a não participar de licitação da União, não podendo atender qualquer órgão público do executivo federal?
A crise não pode ser acusada de única responsável pela crise que se abateu sobre a propaganda mineira... (Cefas Alves Meira)
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