Foi lançado quinta-feira, 25/3, pela Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), o “Guia dos Padrões de Brand Safety e Estrutura de Adequação”. O documento - um manual de conduta para o ambiente digital - foi produzido pela WFA (entidade global de anunciantes) e adaptado para o Brasil pela ABA. Apoiado pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade, a Abap, apresenta 11 categorias de assuntos online nocivos e/ou prejudiciais, que não deveriam receber investimentos publicitários
O guia defende boas práticas para manter a integridade das marcas no ambiente digital, condenando conteúdos perniciosos como pornografia, violação dos direitos humanos, racismo, homofobia, xenofobia, incentivo à venda ilegal de armas e outras posturas execráveis. Além da Abap, o texto é endossado também por plataformas digitais como Google Brasil, Facebook e Twitter, entre outras.
Desafios
Segundo a ABA, o documento fornece ao ecossistema publicitário - formado por anunciantes, plataformas, agências, veículos - a estrutura para diferenciar e localizar conteúdos online seguros e nocivos e/ou prejudiciais, na iminência de resguardar o potencial positivo do digital. Para, com isso, promover a transparência perante a identificação e a classificação de conteúdos sensíveis em prol da segurança do consumidor e da comunicação responsável.
“O combate à disseminação de conteúdos nocivos e/ou prejudiciais na internet é um dos principais desafios da nossa geração. Como protagonistas da construção de um mercado de comunicação mais transparente, os anunciantes têm o legítimo papel de trazer as mudanças positivas para o digital e para a sociedade inserida neste meio”, explica Nelcina Tropardi, presidente da ABA.
Ela destaca que a elaboração do guia “se alinha à responsabilidade e ao incentivo a práticas que garantam a eficácia do marketing e da comunicação para nossos anunciantes, que prezam a liberdade, a segurança e, principalmente, a escolha de parceiros que construam um ambiente seguro para transmitir seus valores e fixar a identidade de seus negócios”.
Mapeamento
Mario D’Andrea, presidente nacional da Abap, ressalta que “o manual de conduta da mídia foi estruturado a partir da transposição de categorias consideradas nocivas e/ou prejudiciais à sociedade brasileira para uma linguagem consistente e compreensível, capacitando o mapeamento e a classificação de tais conteúdos inseridos no ecossistema digital”.
Já Adriana Machado, presidente da Abap Minas, observa que “somos parte de um ecossistema global, onde as informações circulam livremente. Cabe a cada um dos participantes da cadeia fazer tudo que tiver ao seu alcance para combater a disseminação dos conteúdos nocivos. Neste caso, a ABA ajuda traduzindo e adaptando o manual para a realidade brasileira, e a Abap apoiando sua ampla disseminação, para que um maior número de pessoas conheça e ajude a impedir que recursos de anunciantes sérios alimentem os maus atores do ambiente digital”.
A tradução e adaptação do “Guia dos Padrões de Brand Safety e Estrutura de Adequação” leva a assinatura do Comitê de Mídia da ABA, com apoio da Global Alliance for Responsible Media (GARM), aliança fundada pela World Federation of Advertisers (WFA), da qual a ABA é filiada e possui assento no Comitê Executivo.
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