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Adriana Machado e os 26 anos com o amigo Vinícius Alzamora

  • Foto do escritor: Cefas Alves Meira
    Cefas Alves Meira
  • há 6 minutos
  • 3 min de leitura


Ainda chocada, procurando se recuperar da morte precoce (62 anos) do sócio na Tom e amigo Vinícius Alzamora, um irmão como ela o tinha e tem, Adriana Machado publicou hoje no Instagram um post onde conta como conheceu o publicitário, com quem conviveu por 26 anos. Abaixo, a íntegra da postagem.

 

“Meu encontro com o Vina aconteceu a partir de um telefonema na tarde do dia 04 de outubro de 1998. Do outro lado da linha (fixa e residencial, como a dos astecas) Euler Andrade me chamava para fazer o planejamento da proposta da DNA para a concorrência da conta da Telemig Celular. Eu tinha uma empresa de consultoria e inteligência de mercado e experiência no mercado de telecom. Topei. 

No dia seguinte me apresentei na então lendária sede da DNA Propaganda onde conheci o time que trabalharia no projeto e o Vinicius, redator e grande estrela da criação da agência. Trabalhamos por 12 dias consecutivos, a DNA levou a conta e nunca mais deixei de trabalhar com ele. A entrada dele na minha vida se pareceu com um vendaval que entra por uma fresta em uma sala meticulosamente organizada. E me obrigou a repensar tudo o que eu achava estar determinado, definido, decidido. 

Me apresentou a um monte de assuntos e ideias novas. Mas, principalmente, me apresentou a uma nova ideia de mim que nem sonhava ser possível. Me apresentou a pessoas incríveis em Curitiba, Salvador e São Paulo que viraram amigos queridos até hoje. Me apresentou a músicas, livros, filmes e séries. Adotou a minha família estendida como sua, a nossa casa como o destino padrão quando não tinha destino definido. Introduziu o Fabio na religião Harley Davidson (estavam juntos quando Fábio sofreu um acidente e foi ele quem trouxe a moto no caminhão do reboque para nossa garagem). 


Adotou alguns hábitos meus também. Me acompanhou em um regime rígido de palestras em dois Festivais de Cannes e um SXSW. De cara boa e atento nas primeiras fileiras. Foi a uma coleção de eventos e compromissos profissionais que dificilmente iria por vontade própria. Leu muito livro que certamente não leria se não fosse meu dupla. Foi a uma infinidade de eventos familiares de sua família mineira: de bodas de ouro dos meus pais, a aniversário de sobrinhos.


E me ouviu. Sobre todo e qualquer assunto. No trabalho, toda vez que me via empacada em algum briefing criativo me dizia: me conta aí, onde é que você parou. E quando eu mesma me ouvia pensar, achava o caminho para seguir no texto. 


Aliás, essa história de gastar um monte de palavras para encomendar alguma ideia criativa dele era um ritual de humilhação. Ele pegava frases e frases minhas e transformava em título, slogan ou conceito criativo com poucas palavras e uma pontaria incrível. Toda vez que isso acontecia (e aconteceu muitas vezes ao longo dos últimos 26 anos) eu respondia: talento irritante!


A minha despedida do Vina também começou com um telefonema. Dessa vez do Luiz Aurélio e por uma chamada de WhatsApp. As 9:35 da quarta-feira, 16 de abril. “Dri, O Vina sofreu um AVC…”


Estou a caminho de Curitiba para vê-lo uma última vez. Mas a certeza de que sua vida expandiu o meu mundo incrivelmente não me permite ter um sentimento maior do que o de gratidão.


Muito obrigada, poeta, amigo, sócio, dupla, irmão. Voe leve. Você seguirá no meu coração”.

 

(Vinícius Alzamora, o Vina, um dos publicitários mais criativos que já emprestaram seu talento à propaganda mineira, foi velado e cremado na tarde de hoje em Curitiba, sua terra natal).

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